deram sinal

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

não maltrate seu cabelo!

O assunto de hoje é cabelo!
Pra falar disso vamos dividir as mulheres em dois grupos: 

Grupo 1- mulheres que não precisam de esforço nenhum pra manterem seus cabelos lindos, brilhantes, sedosos e macios. 

Tô de peruca!!!!

Grupo 2- mulheres que nem comprando 1 shampoo, 1 condicionador, 1 creme de pentear, óleo de argan, ampolas de vitaminas e 1 máscara de tratamento, pra usar em cada dia da semana, conseguem alcançar o resultado esperado. 


Mas, mulheres dos dois grupos vão concordar comigo que tem dias que a gente se olha no espelho e quase não acredita no arraso que tá o nosso cabelo! Tô mentindo? 

bitch, please. I'm fabulous.

É incrível! Você acorda, olha no espelho e tem a sensação de que fadas madrinhas do salão de beleza te fizeram uma visita durante o sono. Porque não há uma explicação lógica pra você ter dormido com o cabelo da Tina Turner e ter acordado com o da Gisele Bündchen. 

  

E é claro! Essa benfeitoria do mundo mágico só acontece naqueles dias que você não tem programa nenhum e vai passar o tempo assistindo qualquer coisa na TV. 



Não é assim que acontece? 


Só que ontem eu tive a sorte rara. Acordei um pouco mais cedo e resolvi ser legal com meu cabelo.  Lavei cuidadosamente, dei uma hidratada expressa e sequei bem de leve com o secador. Coisa rápida mesmo, mas que fez ele se sentir grato e, por isso, me retribuiu ficando bem bonitinho! 


Quando estava na fila do ônibus ouvi duas mulheres conversando e percebi que falavam sobre cabelo. Elas estavam um pouco atrás de mim e eu não conseguia entender ao que elas estavam se referindo quando, indiscretamente, apontavam pra algumas mulheres e diziam "essa parece que sim" "essa parece que não". 
Desisti de prestar atenção porque o sol batia bem forte no meu olho e aí que complicava mesmo pra entender o que elas falavam. 

Entrei no ônibus e as duas sentaram logo atrás de mim. Que sorte a minha, eu pensei! 
Como  falavam sem parar achei que sairia um bom assunto e resolvi ficar atenta, usando aquela técnica do fone de ouvido que já ensinei aqui um dia desses.
Mas, fui mais atriz desta vez e fingi estar curtindo muiito a música. Tanto que fingi não estar ouvindo o diálogo de dúvida "pergunta pra ela ou não pergunta?". 
E pra continuar a encenação, quando ela me deu umas cutucadinhas, eu demorei a olhar pra trás! 

Até que tirei o fone, olhei pra elas e dei um oi questionador. 

Elas se olharam riram e ficaram um tempinho decidindo quem  perguntaria e aí uma tomou coragem: 

_ Olha, nem te conheço. Desculpa perguntar... Mas, você penteia o seu cabelo? 

OI???? Que pergunta é essa, genteeee???

Segurei a onda e só respondi: "sim, penteio"

E aí deu-se o diálogo: 

Amiga:  Viu só? Não te falei. Isso é uma furada pô. Cê é louca! Nada a ver
Dona da Teoria: Tem a ver sim. Ela é só uma exceção. Toda regra tem exceção ué... E eu consigo perceber só olhando.  

Eu estava perdida no papo e curiosa também.
Afinal, no que eu era a exceção da regra?? Estava me sentindo super poderosa! Fala a verdade? Ser a exceção da regra não é pra qualquer uma não... Rsrs


Mas, meu momento durou até a dona da teoria começar a  me explicar. 

Segundo ela há um tempo vem realizando uns estudos (uns testes, uns experimentos, umas doideiras... chamem como quiser) e percebeu que pentear é a causa do cabelo ficar maltratado e que se as mulheres soubessem o quanto ele estraga, não penteariam jamais os cabelos


Eu não estava acreditando no que estava ouvindo, mas ela acreditava tanto que me deu diversas explicações, me contou os passos que a levaram até esta conclusão e disse que está procurando marcas de produtos capilares que queiram assistir a uma apresentação que ela preparou no power point com os dados da pesquisa. Falou que meu cabelo tá até bonito, mas que se eu começar a soltar os fios só com as pontas dos dedos terei um cabelo de capa de revista


Enquanto ela falava eu pensava em muitas coisas, mas a nota mental que deixei pra mim foi: Nunca mais acorde cedo pra dar um jeitinho especial nos cabelos. Ah, e se possível, saia com ele preso! 



quarta-feira, 22 de outubro de 2014

não plante qualquer coisa!

Um grupo de amigos é sempre igual a algum outro grupo de amigos qualquer.

Tá confuso? rsrs...

Eu tô falando de algumas similaridades! Tipo os apelidos que colocam um no outro, a interação que a intimidade permite que se tenha, as lembranças dos muitos momentos que passaram juntos, as boas conversas, o consolo nas horas difíceis... Essas coisas que todo grupo de amigos tem, entende?


E quando você não faz parte daquele grupo de amigos e está por perto em alguma conversa deles fica totalmente deslocado porque aquele não é o seu grupo de amigos... Lembra de algum momento? Constrangedor né?! 


Gif-do-dia-Cachorro-esnobe 

Mas, não se preocupe! Esse é um daqueles dramas que foi ou será comum a todas as pessoas, em algum momento da vida

 

E como eu não sou melhor que ninguém, também aconteceu comigo! E onde mais poderia ser? 

 

No ônibus, claro! 

Dentro do ônibus em que estava era nítida a interação entre um grupinho formado por motorista, cobradora e quatro passageiros (a Dona Grita, a Loira, o Meu Sobrinho e a Que Pouco Fala)! Os assuntos, as risadas, as lembranças, a interação entre eles e as filosofias que partilhavam, deixavam qualquer, que estivesse de fora, constrangido! 



Naquela manhã, o assunto entre eles começou com alguns bom dias que foram seguidos de um planejamento de uma programação de despedida pras férias da cobradora e da Dona Grita. 
Muitas risadas, muitos planos, algumas responsabilidades divididas, bolo e guaraná muitos doces pra você! Você, só se fizer parte do grupinho deles. Claro. 

E a Dona Grita, muito simpática e querendo demonstrar todo seu afeto pelo grupo, falou que mesmo de férias iria ao terminal todos os dias naquele horário para rever os amigos. A cobradora falou que não precisava, que ela tinha que descansar um pouco. Mas, Dona Grita, achava que estava super bem e disse que iria aparecer sim "porque vou ficar com saudade docês". A Loira não conseguiu escutar o deslize, sem ficar quieta, e corrigiu, lógico: "é de vocês que se fala! Docês é meia dúzia". 



Até queeeee... engarrafamento!! 

A Dona Grita não gostou e assim que percebeu que o fluxo de carros estava intenso disparava
, entre uma frase ou outra,  o bordão "é pra acabar mesmo!". E era sempre advertida pelos amigos para que diminuísse o volume. 

Como ela estava na minha frente, minha vontade era de dar uma olhadinha e pedir, eu mesmo, pra que ela falasse baixo!

Mas achei melhor ficar na minha. Até porque os pedidos dos amigos estavam tendo efeito contrário e ela aumentava o volume a cada frase: "vou comprar um carrão!" "imagina eu com um carrão!!" "é pra acabar mesmo" "Mô precisa começar a me bancar porque não aguento mais esse trânsito" "é pra acabar mesmo" "Mô vai me levar pra morar no Rio" "Mô me ama de verdade" "é pra acabar mesmo"... 

Quando ela começou a falar sobre o Mô, os amigos, começaram a discordar e questionar sobre o amor. A Loira, super radical,  afirmou que amor não existe mais e que os homens não gostam de ninguém! 

Isso deu margem para aquelas conversas mais sérias e profundas que a gente tem com os amigos. 
Aquele tipo de conversa que você já deve ter tido várias vezes com seus amigos. Sabe!? 

Então... 

Os amigos do ônibus começaram a filosofar quando a Que Pouco Fala discordou da Loira e disse que o amor ainda existe sim e que ele é bonito! Nesse momento, o Meu Sobrinho,  entrou no papo e falou que concordava com ela, porque "O amor é igual um carro se você tem a chave você liga." E emendou: "Nuuuu... Tocou né?!"


Joey & Chandler Clapping (Friends)

A Loira sem medir as palavras respondeu "Não. Claro que não. Isso é brega!"
E Meu Sobrinho não gostou. Falou até que tinha ficado chateado!


A cobradora e o motorista pensavam como a Loira e ficaram dando exemplos da vida de algumas pessoas que amaram em algum momento e se deram mal. Claro que daquela velha forma: "Um amigo do vizinho da minha tia amou uma mulher uma vez", "a irmã do médico que é primo do marido da minha irmã contou que quando se casou"... Nessas histórias só o outro tem histórias frustantes. A gente nunca - nunca conta né?! rsrsrs



O Meu Sobrinho não desistiu de defender a existência do amor e argumentou bastante com a ajuda da Dona Grita e da Que Pouco Fala! 
Até que em um dado momento alguém falou que sobre o amor a única coisa que podia afirmar é que "A pessoa só dá valor quando perde!". Mas a expressão só gerou mais discórdia entre eles! A Loira falou que não concordava com essa frase porque "ela é totalmente sem anexo".
A cobradora concordou com a expressão e falou que tinha bastante nexo sim e ainda tentou explicar, com exemplos, a legitimidade da frase. Mas, a Loira não concordava e insistia falando que não tinha anexo nenhum e que "quem deu valor, deu, e que quem não deu não deu! Não tem anexo, gente!"


Ainda continuou dizendo que o único ditado que tem, realmente, tudo a ver é o que diz que "cada um colhe o que planta". Mas, aí foi a vez da cobradora discordar. Porque, segundo ela, "nem sempre a gente colhe o que planta! Tem gente que planta só coisas boas e colhe um monte de coisa que não presta e tem gente que só planta porcaria e colhe maravilhas! Tem nada a ver isso aí que você falou". 

Depois dessa constatação da cobradora, internamente, agradeci muito! Porque se eu tivesse plantado algo que me fizesse estar nesse ônibus, logo pela manhã... De tarde, certamente, eu ficaria assim:

image



sábado, 18 de outubro de 2014

não coloque a mãe no meio!

Há uma lei quase que universal instaurada, principalmente, entre os meninos abaixo de 18 anos: fica terminantemente proibido colocar o nome da mãe de outrém no meio da zoeira ou discussão. 


Só que você sabe né? As pessoas não se atêm muito a essa coisa de cumprir ordem e talvez seja por isso que, mesmo diante de tanta seriedade sobre esta questão, algumas brigas feias já aconteceram no decorrer da história porque algum amigo/conhecido/colega/primo/desconhecido infringiu esta lei e fez referência a mãe do outro numa brincadeira ou conversa mais acalorada. 

Como a zoeira acaba sendo inevitável é necessário, pelo menos, que se tome algumas medidas paliativas. Como, por exemplo, não confessar, nem sob tortura, o nome da mãe pra ninguém. E essa é uma maneira bem eficaz porque além de amenizar as zoeiras mais diretas, ainda acaba livrando o menino do terror maior: rimas que combinem o nome da mãe com palavras de duplo sentido em letras de músicas que serão cantadas todos os dias por todos os anos do colégio. E se o menino der o azar de ter alguém da escola que more na mesma rua que ele... já era! 

Mas se você pensa que toda essa zoeira fica restrita apenas aos sub 20, tá muito enganado! Muitos adultos ficam de mal porque tiveram o nome da mãe violado. Claro que é tudo mais comedido né? Sem grande inflamação! De forma branda e controlada e tal... 


E por isso, podemos dizer, que os termos "nome da mãe não entra no meio" "zoar a mãe não pode " "não fala da minha mãe não" e seus semelhantes são usados por pessoas de todas as faixas etárias, estando elas em qualquer lugar. 

Inclusive dentro do ônibus!
Bom, muito provavelmente você já andou num ônibus em que o motorista pensa que tá dirigindo um veículo pra pessoas que gostam de bastante aventura. 


Ele mira e acerta todos os buracos da pista, acelera a ponto daquele apitinho de "ultrapassou a velocidade máxima" ficar tocando sem parar, passa nas curvas de forma tão abrupta que você tem certeza que não vai aguentar segurar na próxima, freia bruscamente quando você dá sinal porque a velocidade tá alta e arranca o ônibus antes que os velhinhos e as mães com crianças se sentem.  
E você? Fica desse jeito lá atrás! 

Motorista de primeira viagem

Mas, como nem todo mundo é pacato cidadão teve reclamação no ônibus dia desses. 

O motorista era desse tipo que eu descrevi e  o ônibus estava cheio de passageiros que vez ou outra reclamavam baixinho! 

Até que chegou o ponto de uma mulher corajosa. Ela se levantou e antes que conseguisse dar o sinal, o motorista deu uma freada e ela se desequilibrou catastroficamente. Mas, manteve a pose. 

 

Quando se recompôs do vexame já levantou gritando: 
_ Ôôô motoristaaa, tá achando que sua mãe tá aqui dentro? 

Mais que depressa veio a resposta: 
_ Claro que não! Se minha mãe tivesse aqui eu não estava dirigindo desse jeito! 

Quando a moça saltou ele repetiu várias vezes: "não é a mamãe! não é a mamãe!não é a mamãe!"

Motorista de primeira viagem

terça-feira, 14 de outubro de 2014

não flerte descaradamente!

Na hora do flerte você é do tipo que manda bem? 


Não entendeu?? Tá com com vergonha de responder?? Não manda muito bem né? 


Tudo bem! Não precisa ter vergonha! Nem todo mundo é o rei/rainha da paquera! 
E de verdade? É melhor ser comedido do que tentar ser moderninho e passar por um carão!!


Bom, agora que você já se declarou ruim nessa área, pode confirmar pra mim que tem um monte de histórias (trágicas pra você e cômicas pras pessoas) de investidas que deram errado pra contar. Certo? 


Rsrsrs... Legal!!! 
Mas, você já esteve em alguma situação de flerte de outra pessoa e viu a pessoa se dando mal? 
Se sim: vai entender a vergonha alheia que senti! 
Se não: senta e leia o que rolou!  

Todo mundo sabe que velhinhos tem assentos preferenciais nos ônibus, mas pouca gente respeita. Tem gente que finge que dorme, tem gente que finge doença, já vi homem fingindo ser cego e mulher fingindo gravidez. Também já vi velhinhos brigando com quem está sentado no seu lugar e alguns reclamando com cobradores ou motoristas. 

Mas a senhora de hoje era bem humorada demais pra reclamar com quer que fosse e, no auge dos seus 74 anos, tentava esfregar na cara de todo mundo o quanto era animada, atlética e cheia de compromissos. Desde que entrou no ônibus falou sem parar das suas atividades e quis que todo mundo soubesse que seu destino era a praia "pra bronzear o corpinho". 
Ouvi ela dizendo tudo isso e pensava "como ela é fofa!" "mas, que gracinha" "que bom humor!! Certamente não serei assim com a idade dela"... Foi ficar um pouco mais no ônibus pra perceber que -NÃO- eu realmente não serei como ela. 

O cobrador estava um pouco impaciente com as pessoas sem noção sentadas nos bancos reservados aos velhinhos. Esperou uma mocinha terminar uma ligação, tocou no ombro dela e educadamente pediu

_ Você pode dar licença pra essa senhora se sentar?!

A mocinha se levantou com uma expressão que entregava o quanto ela tinha gostado do pedido dele. 

A senhorinha se sentou e instantaneamente se dirigiu ao cobrador

_ Mas, que rapaz educado! Muito obrigada.  Que cabelo lindo, rosto de anjo, pele boa! Me diga. Qual o seu nome? 

_ Marcelo, senhora. 

_ Huuuuum!! Marcelo! Eu tenho uma coiiiiiiisa com esse nome, sabia?

Marcelo só sacudiu a cabeça em sinal negativo, direcionando o olhar pro fundo do ônibus. Não demonstrou o mínimo interesse na continuação. Mas a senhorinha era determinada e prosseguiu:

 _ Se você soubesse quantos Marcelos eu já tive na minha vida e as histórias que vivi com cada um deles, com certeza você iria querer ser um deles. Ou ser você mesmo e construir a sua própria história comigo. 


O rapaz ficou em silêncio e deu um sorrisinho sem graça. Acho que na intenção de não chatear a vovozinha. E nessa altura o motorista gargalhava e fingia que estava vendo algo na rua que tivesse graça. 

A vovó não se satisfez com o sorriso. 

_ E meu nome, Marcelo, você sabe qual é? 

Ele, timidamente, respondeu: 

_ Não. A senhora ainda não me disse. 

Ela estava curtindo o jogo da paquera e seguiu

_ E nem vou dizer! Quero que adivinhe e se acertar te dou um brinde antes de saltar. Seu tempo é curto, desço daqui dois pontos. Vou até levantar e te fazer a pergunta mais perto. Qual o único nome de mulher que mede uma distância? 

Marcelo não parecia tão interessado no brinde assim 


Mas, como era educado, chutou Maria. 

A vózinha ficou frustrada. Deu pra ver. Mas, pra não perder o lance... 

_ Não, meu amor. É DA LI LA! Da li la! Da li la! Entendeu?? rsrsrs

Falou o entendeu acarinhando a mão dele e entregando um papelzinho. 

Desceu as escadas e ficou paradinha vendo a porta se fechar com carinha de "não foi dessa vez" 

Marcelo abriu o papelzinho e não conseguiu ler só no pensamento. Acabou deixando escapar:

_ Caraca, mané! É o número do celular dela!!! 



quinta-feira, 9 de outubro de 2014

não perca sua criança!

Quinta-feira é dia útil pro trabalhador brasileiro? De certo que sim. 


Mas, também é certo que alguns brasileiros são mais agraciados que outros e, por motivos diversificados, não trabalharam no dia de hoje. Se, por acaso você encontrou uma espécime destes nessa manhã, conseguiu diferenciá-los pela expressão facial diferente da sua. 

Porque você acordou pra trabalhar e esteve andando, mais ou menos, assim pela manhã

silverback ~ gorilla ~ expressive I not understandz...she used to pinz kittehz all da time and now she kweeping me out wid all dese pins of Daniel Bruhl man..what up wiz her?  lookz how cute i iz?  where are her kitteh pinzez??? 10 Dogs who really need a belly scratch, Click the pic to see

Mas quem acordou sabendo que poderia aproveitar o dia na praia, esteve por aí melhor humorado que você. 

 Sorrindo sempre...   Fonte: Google.

Eu trabalho em frente a Praia de Camburi, aqui em Vitória-ES, e pelo caminho passo bem perto e até mesmo em frente de outras praias. Mesmo assim, nos 5 dias da semana que eu ando de ônibus costumo encontrar apenas 1 ou 2 pessoas indo pra praia. E esta é uma média pra esses 5 dias - esse número só aumenta de dezembro a março. 

Hoje não era um dia tão convidativo à praia. O céu não estava muito azul, o sol estava escondidinho e o vento conseguia balançar os cabelos. 
Wow...stunning mane...beautiful❤

Só que quem é feliz e animado não liga pra nada disso e faz uma praia valer a pena até com o tempinho não muito firme. E se for com a família então, melhor ainda!! 

Mas, pense numa família  grande... 
 
...porque a família que entrou no ônibus que eu estava era bem grande.  

Logo cedo, estranhei o fato de não haver ninguém na fila do ônibus que pego todos os dias e que sempre tem umas 3 ou 4 filas bem grandes quando eu chego no terminal. 
Mas, diferente disso, além de mim, tinham 4 pessoas e só.
Rapidamente, o ônibus chegou, não esperou nada e partiu com 5 pessoas dentro dele. 

No primeiro ponto em que parou entrou vovó com netinha no colo, vovô com uma mochila grandona, filha, marido da filha, filha mais velha, filho da filha, tia, 3 filhos da tia e suas respectivas namoradas, rapaz amigo da família e 4 crianças que eu não consegui identificar o grau de parentesco na conversa deles. Mas todos muito animados para a praia que iriam curtir!Era nítido ver a alegria porque conversam ALTO e sem parar. 

Uns sentaram juntos, mas as crianças se espalharam nos assentos das janelas. 
E criança, você vai concordar, gosta de fazer uma baguncinha. Nada de mais. Coisa leve, moderada... 



Mas mesmo assim dá um trabalhinho! E se em casa algumas mães usam da criatividade pra tentar fazer com que elas fiquem mais quietinhas 

Imagina na rua!!! 

As crianças da família grandona de hoje não eram muito diferentes e bagunçaram legal dentro do ônibus. Até que a tia chamou a atenção. Uma das crianças, a mais sentimental, não gostou, ficou emburrada e foi sentar num banco mais longe da família - ainda dava pra escolher lugar. 

A viagem continuou, muitas outras pessoas entraram no ônibus e eu já tinha até distraído da familiona! 

Até que chegou o momento deles saltarem. Vovô e vovó chamaram nome por nome, a tia mais velha também ficou chamando alguns nomes. Demorou um pouquinho até reunir todo mundo, um grito de pode ir e o motorista foi. 

Em segundos, um dos filhos da tia disparou correndo atrás do ônibus e tentava bater na lateral. 

O motorista demorou a perceber um pouquinho, mas os passageiros já tinham percebido o empenho do rapaz e gritavam pro motorista parar. Ele parou, abriu a porta traseira e o menino subiu as escadas falando:
_ Minha prima! A gente desceu sem ela! Ela ficou aqui! 

Era a sentimental. Tinha sentado longe da família, pegou no sono e não ouviu seu nome sendo chamado. 
O rapaz cutucou ela algumas vezes e falava pra ela ir com ele pra praia. 

A menina, acordou no susto meio impaciente e gritou com o primo que fez um esforço danado pra não deixar ela desaparecer!

_ Vaaai pra praia você! Me deixa dormir em paaaz! 

Ele não atendeu o seu pedido. Pegou ela no colo, desceu do ônibus e reencontrou a família grande que, a essa altura, já tinha chegado onde o ônibus estava parado. 

Tudo acabou bem, felizmente!
E pra arrematar, um comentário de uma passageira que acompanhou o resgate: 

_ Nossa! Que legal isso. Tinha que ter sido filmado. Isso é história de filme. 

Ei! Minha senhora, serve blog??